quarta-feira, 30 de março de 2011

Obama reconhece que pode armar oposição a Khadafi !

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem (29) que há a possibilidade de fornecer armas à oposição na Líbia. Ele optou, no entanto, por um tom de cautela no discurso, informando que os conflitos na região estão sendo avaliados.

Obama disse também que o presidente líbio, Muammar Khadafi, deverá ceder e deixar o poder que ocupa há quase 42 anos. Segundo ele, a comunidade internacional agiu bem ao adotar a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia. 
“O que nos ensinaram as guerras que não foram impedidas é que vidas inocentes não puderam ser salvas e que basta que as pessoas e os países responsáveis fiquem à margem e não façam nada para que o mal triunfe”, afirmou Obama. “Hoje, na Líbia, mostramos o que é possível quando encontramos coragem, quando cumprimos as nossas obrigações, quando nos unimos”, acrescentou. 

Ontem (29), líderes políticos que compõem entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Liga Árabe, além de representantes de 40 países, se reuniram extraordinariamente em Londres para discutir o agravamento da crise. Ao final, decidiram manter a pressão sobre Khadafi. 
Desde o último dia 19, forças aliadas – lideradas pelos Estados Unidos, a França e a Grã-Bretanha – atacam a Líbia sob o argumento de que protegem o país. As informações são da Agência Brasil. 

segunda-feira, 14 de março de 2011

Obama, assinará um acordo que reduzir tempo de concessão de patente ao Brasil !

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinará um acordo piloto de cooperação com o Brasil na área de patentes ao visitar o país no próximo final de semana (19/3 a 21/3). Se após 12 meses ou 500 exames a avaliação for positiva, o acordo entrerá em vigor em caráter definitivo e pode diminuir em até 15% a carga de trabalho do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), de acordo com informações da Agência Brasil.

O acordo permitirá ao INPI ingressar no programa Patent Prosecution Highway (PPH), do Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO, na sigla em inglês). Segundo o presidente do INPI, Jorge Ávila, este acesso evitará a duplicidade de trabalho dos dois escritórios. Além disso, explicou que muitas patentes depositadas no Brasil são originárias dos Estados Unidos e cada vez mais brasileiros querem que suas patentes também sejam reconhecidas por lá.

O acordo fará com que as patentes que se originam nos EUA sejam filtradas pelo seu escritório, o que, segundo Ávila, "vai economizar no INPI o trabalho de reexaminar aquilo que o escritório norte-americano já considerou como não privilegiável". Essa dinâmica não vai prejudicar a autonomia do órgão brasileiro já que a concessão de uma patente pelo USTPO não significa que a patente será concedida automaticamente no Brasil, mas só que o INPI não vai reexaminar o que já foi negado lá, já que aquilo que foi aceito pelos EUA será examinado normalmente aqui.

A implantação do sistema em sua totalidade pode representar uma redução de 10% a 15% na carga de trabalho e, com isso, uma patente que leva hoje em dia, em média, 8,3 anos para ser concedida, em 2015, levará a metade do tempo.
A partir da experiência dos Estados Unidos, o instituto brasileiro pretende aprofundar, ainda neste ano, a cooperação com escritórios de outros países e regiões, como Japão e Comunidade Europeia. Segundo o presidente do INPI, os governos da América do Sul já trabalham para evitar a repetição de esforço entre os escritórios de concessão de patentes.

Além de reduzir o tempo de exame dos processos, o acordo pretende ampliar a qualidade, já que haverá "a garantia de que as patentes no Brasil e na América do Sul vão ser perenemente examinadas antes da concessão". Para Ávila, a qualidade é o desafio de uma solução à superlotação nos escritórios de patentes em todo o mundo, porque "resolver o atraso nas patentes seria muito fácil de fazer se você não tivesse uma preocupação, como nós temos, de manter a qualidade do exame".

Obama quer reformar lei educacional neste ano!

ARLINGTON, Estados Unidos (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu na segunda-feira ao Congresso que reformule antes do início do próximo ano letivo, em setembro, a lei conhecida como "Nenhuma Criança para Trás", que foi sancionada em 2002 por seu antecessor, George W. Bush. 
 
Essa lei responsabiliza as escolas pelo desempenho dos alunos, e prevê reformas nos estabelecimentos que não cumprirem determinados parâmetros. 

Críticos dizem que a lei deveria ser mais flexível, pois na atual forma obriga os professores a seguirem um currículo limitado, cujo principal foco é a aprovação em testes padronizados. 

Funcionários do governo Obama têm se reunido com assessores parlamentares para discutir a reformulação da lei. Em discurso na segunda-feira na Virgínia, Obama pela primeira vez citou prazos para a reforma na lei.
"Nossas crianças têm só uma chance de terem educação, e nós temos de acertar. É por isso que estou pedindo ao Congresso que me envie um projeto de reforma da educação, que eu possa sancionar antes que o próximo ano letivo comece." 

Ele afirmou que as escolas precisam ter recursos necessários para melhorar, inclusive em termos de salário e apoio aos professores. 

"Precisamos começar a valorizar os nossos grandes professores", afirmou o presidente.
Obama acrescentou que as discussões sobre a redução no déficit público não podem afetar a educação. "Não podemos ser irresponsáveis ... na forma de cortarmos (gastos). Vou ser claro: não podemos cortar a educação. Não podemos cortar as coisas que deixarão a América mais competitiva."

quinta-feira, 10 de março de 2011

EUA 'não querem acção militar' na Líbia!

A resistência dos Estados Unidos em abrir uma terceira frente de combate deverá impedir um acordo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) sobre a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Reunidos hoje em Bruxelas para tratar da crise líbia como prioridade, os membros da Otan deverão se ater ao envio de assistência humanitária.

O comunicado final do encontro, porém, deverá manter a ameaça de futura intervenção militar, como meio de pressionar o líder líbio, Muamar Kadafi, a renunciar e deixar o país.


 

 Principal opositor no governo americano, o secretário de Defesa, Robert Gates, não fez comentários ao chegar em Bruxelas. O porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, explicou não haver diferenças entre a opinião de Gates e as do presidente dos EUA, Barack Obama, e da secretária de Estado, Hillary Clinton, sobre a criação da zona de exclusão aérea. Em recentes declarações, Obama deixou no ar essa possibilidade. Na terça-feira, Hillary reiterou ser a intervenção militar viável apenas com o aval do Conselho de Segurança da ONU.

 


A reticência americana a uma ação militar na Líbia se deve a questões de princípio - o desejo de encerrar as guerras em curso e evitar novos conflitos - e orçamentárias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Obama quer destravar comércio com Dilma

Fontes do governo americano em Washington vêm afirmando que a liberalização comercial é um dos temas que o presidente Barack Obama pretende discutir com sua colega brasileira, Dilma Rousseff, em sua visita ao Brasil no fim da semana que vem. 

A vitória dos republicanos nas eleições legislativas do ano passado também criam um ambiente mais favorável no Congresso para acordos de livre comércio.

Obama nomeou um nome pró-abertura comercial, William Daley, como chefe de gabinete, cargo com funções semelhantes à chefia da Casa Civil no Brasil. Ele é um dos arquitetos do Nafta, o tratado de livre comércio da América do Norte.

Em fins de 2010, uma pesquisa do "Wall Street Journal" apontou que 47% dos americanos acham que os acordos de livre comércio prejudicaram os Estados Unidos, enquanto apenas 23% acham que ajudaram. Clifford Young, diretor-executivo do Ipsos Public Affairs, um instituto de pesquisas de opinião, afirma que os americanos são hoje mais céticos em relação à globalização e à abertura comercial do que os brasileiros.

"Nos Estados Unidos, há mais medo da globalização", afirma. "A abertura comercial é associada com perda de empregos, queda de salários e competição de empresas estrangeiras." Se os americanos têm grandes desconfianças em relação à globalização, porque Obama estaria puxando agora uma agenda de liberalização comercial? 
  1. Uma das explicações é que o governo já gastou o arsenal de instrumentos macroeconômicos para reanimar sua economia.Os juros já estão perto de zero e o Federal Reserve vem imprimindo mais dinheiro. Resta, basicamente, a alternativa das exportações.
  2. Outra explicação é que, embora sejam contra globalização, os americanos médios não dão muita atenção para o assunto.Princeton Survey Research Associates (PSRA)/Pew, mostra que 87% dos americanos mencionaram que a economia é o assunto mais importante para o governo e o Congresso, 84% citaram empregos, e 73% apontaram o terrorismo. Apenas 34% consideram prioritário lidar com o comércio global.

Na agenda de comércio de Obama para 2011, por exemplo, recentemente encaminhada ao Congresso, o governo americano diz que vai exigir de países como Brasil, China e Índia mais abertura, em linha com o papel mais importante que essas economias têm hoje no cenário global.

  
O discurso agrada o público local, mas dificulta o entendimento com os parceiros comerciais. Também comete o erro de tratar como um grupo homogêneo países como Brasil e China que, cada vez mais, têm interesses comerciais diferentes entre si.

  

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Obama tenta concertar estratégia com a Europa para a crise na Líbia

Em comunicações via telefónica Obama falou com o homólogo francês, Nicolas Sarkozy, e também com os chefes de Governo britânico, David Cameron, e italiano, Silvio Berlusconi. “O Presidente [norte-americano] expressou a sua profunda preocupação com o uso de violência por parte do Governo líbio, que viola as leis internacionais e todos os padrões de decência humana. Os líderes discutiram toda uma panóplia de opções, de forma a responsabilizar as autoridades líbias pelas suas acções, e analisaram também planos para a assistência humanitária”, face à presente crise de refugiados causada pelo conflito, precisava a Casa Branca em comunicado.

Horas antes, vários responsáveis da Administração Obama tinham indicado que os Estados Unidos admitiam avançar para medidas punitivas duras contra Khadafi, desde o plano económico a limitações de armamento, até à adopção de uma zona de exclusão aérea sobre o território – esta última, basicamente, impedindo os aviões líbios de continuarem a levantar voo para, como consistentemente tem sido reportado nos últimos dias, bombardear as zonas do país conquistadas pelo movimento de revolta ou onde as forças leais ao regime ainda continuam a combater para manter o controlo. Não foi sequer afastada a hipótese de uma intervenção militar.

Paris e Londres, a uma só voz, vieram entretanto propor ao Conselho de Segurança das Nações Unidas um projecto de resolução para a Líbia, do qual consta “um embargo total sobre a venda de armas”, “sanções” (ainda não conhecidas em especificidade) e “uma investigação do Tribunal Penal Internacional a crimes contra a humanidade” praticados pelo regime de Khadafi na repressão às manifestações de contestação ao seu regime de mais de quatro décadas.

O Conselho de Segurança, que emitiu na terça-feira tão só uma declaração (não vinculativa) e sem plano de punições contra a Líbia – apesar de muitos analistas terem considerado a linguagem usada “forte” – vai reunir-se de novo hoje, em Nova Iorque. Desta reunião é esperado que seja discutida a proposta franco-britânica, confirmou a chefe da diplomacia francesa, Michèle Alliot-Marie. Não há qualquer indicação, porém, de que alguma resolução seja votada antes da próxima semana.

Pondo já o pé à frente, a Alemanha anunciou esta manhã que está a preparar sanções contra os líderes líbios, em retaliação aos ataques mortíferos contra os manifestantes anti-regime no país. “Isto já não é uma questão de definir prazos, mas sim de agir já, agora”, sublinhou o ministro alemão dos Negócios Estrangeiros, Guido Westerwelle, indicando que Berlim vai quanto antes iniciar conversações com os parceiros internacionais, incluindo na União Europeia.

“Decidi que têm que começar a ser preparadas sanções já”, reiterou Westerwelle numa entrevista esta manhã à rádio Deutschlandfunk, durante a qual defendeu que devem ser adoptadas punições como a proibição de deslocação de Khadafi e familiares assim como o congelamento de todos os seus bens fora da Líbia. O chefe da diplomacia alemã afastou, porém, a hipótese de adopção de sanções financeiras contra a Líbia, argumentando que as mesmas só funcionariam contra a população.


Também a NATO vai ter hoje à tarde uma reunião de emergência para discutir a situação “em acelerada mudança” na Líbia, convocada pelo seu secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen. “Vou voltar a Bruxelas nas próximas horas. E antes [da reunião do conselho da NATO] vou conversar esta manhã com os ministros da Defesa da União Europeia para discutir como é que nós podemos, de forma pragmática, ajudar aqueles que tanto precisam agora e limitar os efeitos negativos destes eventos”, explicou Rasmussen antes de terminar uma visita à Hungria.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Wen Jiabao e Obama se reunirão na próxima semana em NY

Desacordos de fundo que ainda persistem: crise nuclear iraniano, a taxa de câmbio do iuane, divergências comerciais e a questão tibetana.
As relações entre Pequim e Washington melhoraram nos últimos meses graças a um encontro num ambiente cordial, no final de Junho.