O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinará um acordo piloto de cooperação com o Brasil na área de patentes ao visitar o país no próximo final de semana (19/3 a 21/3). Se após 12 meses ou 500 exames a avaliação for positiva, o acordo entrerá em vigor em caráter definitivo e pode diminuir em até 15% a carga de trabalho do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), de acordo com informações da Agência Brasil.
O acordo permitirá ao INPI ingressar no programa Patent Prosecution Highway (PPH), do Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos (USPTO, na sigla em inglês). Segundo o presidente do INPI, Jorge Ávila, este acesso evitará a duplicidade de trabalho dos dois escritórios. Além disso, explicou que muitas patentes depositadas no Brasil são originárias dos Estados Unidos e cada vez mais brasileiros querem que suas patentes também sejam reconhecidas por lá.
O acordo fará com que as patentes que se originam nos EUA sejam filtradas pelo seu escritório, o que, segundo Ávila, "vai economizar no INPI o trabalho de reexaminar aquilo que o escritório norte-americano já considerou como não privilegiável". Essa dinâmica não vai prejudicar a autonomia do órgão brasileiro já que a concessão de uma patente pelo USTPO não significa que a patente será concedida automaticamente no Brasil, mas só que o INPI não vai reexaminar o que já foi negado lá, já que aquilo que foi aceito pelos EUA será examinado normalmente aqui.

A partir da experiência dos Estados Unidos, o instituto brasileiro pretende aprofundar, ainda neste ano, a cooperação com escritórios de outros países e regiões, como Japão e Comunidade Europeia. Segundo o presidente do INPI, os governos da América do Sul já trabalham para evitar a repetição de esforço entre os escritórios de concessão de patentes.

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